sexta-feira, 28 de novembro de 2014

14 mulheres já foram vítimas de violência neste ano em Granja

Entre o dia 1º janeiro e 24 de novembro deste ano, 14 mulheres já foram vítimas de violência no município de Granja, Litoral Oeste do Ceará. Os casos em sua maioria foram praticados pelos esposos ou companheiros e no interior das residências.
Conforme levantamento feito pela Folha Granjense com base em informações da Polícia, do total de procedimentos instaurados no município em 2014, seis foram por agressões físicas, duas ameaças de morte, dois estupros e três espancamentos seguidos de lesão corporal com arma branca e um à bala. Nenhum homicídio foi registrado. Porém, os números podem não refletirem o quadro real, que pode ser mais grave, levando em consideração os casos que não são denunciados pelas vítimas.
Entre os meses, novembro está sendo o mais violento, com o registro de três casos. Na tarde da última segunda-feira (24), o pescador João Paulo Santos da Siva, 32 anos, foi preso após dar uma surra na esposa Roseli Marques, 33 anos, e ainda lesionar a mão da mulher a golpes de foice. O caso aconteceu na Rua Pará, bairro Boca do Acre.  
No mesmo dia, José Jonas, de 48 anos, também foi preso no distrito de Parazinho sob acusação de lesionar sua companheira Maria Aparecida Santos, 36 anos, a golpes de faca devido a ciúmes. A mulher estava com três lesões desferidas na altura de seu rosto. 
Na manhã de sábado (22), Francisco Diego Pereira, de 22 anos, foi parar na delegacia sob acusação de espancar a esposa Nayane Julia, de 24 anos. O caso aconteceu na rua Maestro Ciro Ciarline, no bairro São Pedro, periferia de Granja.
Em fevereiro um fato chamou à atenção de moradores da rua 2 de novembro, na área central da cidade, quando um homem cravou uma faca nas costas de sua companheira durante uma discussão entre os dois. Ela sobreviveu.
Maria da Penha
“Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Uma máxima que atravessa gerações e, de certa forma, legitima a violência doméstica, também transforma a problemática em um ciclo de vergonha social. Apesar de a Lei Maria da Penha ser conhecida por 98% da população brasileira, segundo dados do Instituto Patrícia Galvão e Data Popular, os números da violência contra a mulher continuam altos.
Para especialistas, a causa está na cultura machista e na falta de políticas públicas de proteção à mulher.
Dia Internacional de Luta pelo fim da Violência contra a Mulher 
Ontem (25) foi o Dia Internacional de Luta pelo fim da Violência contra a Mulher. A data foi instituída em 1999 pela Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com a ONU, a violência conjugal tem forte impacto sobre a saúde física e mental das mulheres. Os atos ou ameaças de violência, infundem medo e insegurança. As mulheres têm medo por causa do poder dos homens, em particular dos maridos, e este próprio medo serve para justificar o poder. Ainda conforme a entidade, a violência doméstica, nas suas manifestações física, sexual e psicológica, é um problema de saúde pública, relevante pela magnitude do número de vítimas, bem como pela enorme quantidade de recursos despendidos. A ONU afirma que, as mulheres agredidas tendem a ser menos produtivas. Faltam mais, apresentam dificuldade de concentração e desenvolvem uma baixa auto-estima. Estão também mais propensas à depressão e ao “stress”.
Serviço
Para denunciar a violência doméstica, basta ligar para o 190 (Policia Militar) 
ou (88) 3624-1243 (Delegacia de Polícia de Granja)

Com informações da folha Gransense online

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