quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ESTUDO APONTA QUE 57,4% DOS HABITANTES DE GRANJA TEM O PERFIL DE EXTREMA POBREZA.


Nenhum município cearense escapa da estatística da extrema pobreza. Há cidades em que quase metade da população vive com renda familiar de até R$ 70 per capita. É o cenário de Granja, distante 352,3 quilômetros de Fortaleza e localizado na Região Norte do Estado. Lá, 25.002 pessoas (ou 57,49% dos habitantes) têm o perfil de extremamente pobres. Choró, a 155,7 quilômetros da capital cearense, no Sertão de Quixeramobim, aparece logo em seguida, com 45,84% dos moradores (5.892 pessoas) vivendo com até R$ 2,33/dia. O diretor-geral do Ipece, Flávio Ataliba, explica que, por considerar os dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo “Mapa da extrema pobreza” não contempla os possíveis impactos do programa Brasil Carinhoso, do Governo Federal. A medida foi lançada em maio deste ano e tem o objetivo de beneficiar cerca de dois milhões de famílias em todo o País com crianças de até seis anos em sua formação. Ela integra o Bolsa Família (transferência direta de renda) e surgiu sob a promessa de derrubar em 40% a extrema pobreza até o próximo ano. Ataliba até acredita que, em dois anos (intervalo do levantamento do IBGE e hoje), o percentual de extremamente pobres tenha reduzido por conta de programas do Governo. Faz ponderações, no entanto, sobre o Brasil Carinhoso. “O programa reduz a extrema pobreza pela ótica da renda; matematicamente. Mas as condições de miséria (falta de acesso à água, saneamento básico, segurança, posto de saúde, escolas etc) dos beneficiados permanecem”. No caso de Fortaleza, o diretor-geral do Ipece diz que a cartografia da pobreza diz muito sobre o modo como a cidade grande vive, em especial no tocante à mobilidade urbana, pois “a periferia vai buscar renda nos bairros mais ricos”.
com informações do Jornal O Povo

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