sexta-feira, 12 de julho de 2013

Pane na TIM no Ceará e em cinco Estados

“Sem serviço”. Foi essa a mensagem exibida por celulares da TIM em seis estados do Nordeste ontem: Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. No Ceará e no Piauí, segundo a operadora, o motivo da pane foi o rompimento de cabos. Nos demais estados, ainda de acordo com a TIM, a causa foi o superaquecimento de um equipamento. Esses estados somam 12,8 milhões de acessos (números), mas a operadora não revela a quantidade de atingidos.
Segundo informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), por meio de nota, os serviços de voz e dados 2G e 3G foram prejudicados das 8h08min às 11h26 mim, nas áreas dos prefixos 85 e 88, no Ceará, e 86 e 89, no Piauí. A Agência, que regula o setor no País, informou que está apurando os motivos da falha.
“Um sistema tão grande e complexo como o de telefonia móvel está sujeito a sofrer uma pane. Mas isso não é para ser frequente nem corriqueiro”, diz o professor Glaucionor Oliveira, chefe do Departamento de Telemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Ele diz que o padrão é que as empresas tenham sistemas de redundância, assim como ocorre na rede de distribuição de energia elétrica, para no caso de uma linha ser cortada o sinal seja automaticamente transmitido por outra.
Entretanto, Oliveira diz que mesmo nesses casos uma falha em uma estação telefônica pode resultar na sobrecarga de outras, criando assim um efeito cascata. “Às vezes, o sistema não tem capacidade para absorver o corte de uma determinada linha, há uma sobrecarga e o sistema entra em modo de proteção”, ele diz. “Não existe um sistema totalmente seguro. Um defeito pode acontecer por uma enorme sucessão de eventos que são difíceis de prever. Mas a empresa pode minimizar esses problemas, principalmente nas conexões que envolvem grande quantidade de informações.”
O doutor em engenharia de telecomunicações, João César Moura Mota, cliente TIM, disse ter enfrentado problemas pela manhã e no início da tarde para fazer e receber chamadas. “Mas no meu caso, como eu tenho outros chips no celular, eu me vali dessa opção e resolvi o meu problema. E é assim que as pessoas estão lidando para combater esse tipo de coisa”. Mota percebe que, em razão dessas eventualidades, os aparelhos com dois ou três chips começam a ter uma maior penetração no mercado. “Mas no mundo da comunicação pessoal é uma complexidade muito grande e às vezes você não tem como fazer a garantia de que todos os usuários possam usar o serviço normalmente”.
(O POVO)

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