sexta-feira, 15 de abril de 2016

Ciro e Cid buscam caminhos para uma reaproximação com Michel Temer

Definitivamente, fazer oposição não faz parte da vida dos irmãos Ferreira Gomes. O mais velho deles e candidato ao Planalto em 2018, se mexe em São Paulo dentro do seu  pragmatismo político de quem muda de partido e de lado como quem muda de roupa – foram oito  partidos ao longo de sua vida pública – para conseguir um canal de diálogo com o futuro presidente Michel Temer.
Nos últimos três dias, e com a certeza da derrota da presidente Dilma, Ciro intensificou os ataques a ela e parou de agredir a Temer e ao PMDB. Rejeitou até a tese do deputado Domingos Neto,  que propunha um plebiscito para aprovar as eleições gerais. Na prática, isso significa o apoio à permanência de Temer no Planalto até dezembro de 2018.
Os movimentos de Ciro foram percebidos pelo Planalto e indignaram a presidente Dilma, que teria insinuado isso e cobrado lealdade dos irmãos FGs ao governador Camilo Santana.
Quem também conhece bem o estilo dos FGs é o senador Tasso Jereissati. Publicamente, ele nada comenta. Mas nos bastidores, admite que eles não mudam nunca.
O senador Eunício Oliveira foi outro a compreender o jogo de Ciro e Cid. O azar deles é que os outros políticos cearenses, especialmente os emergentes, como os deputados Vítor Valim e Genecias Noronha, agiram rápido. Numa reunião da bancada do PMDB, Temer assumiu o compromisso, após ser cobrado por Vítor, de manter Os FGs na oposição ao seu governo se ele for instalado.
Temer também se comprometeu  com o líder do Solidariedade, Genecias Noronha, de dar aos FGs o tratamento que eles dão a oposição no Ceará. E concluiu: “com eles conversaremos nos tribunais”. Azar de  Ciro e Cid. Pois eles já queriam recuar nos ataques a Temer e começar a elogiá-lo.

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