segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Agentes de saúde: prefeitos encenam dois papéis

Prefeitos amigos da onça.
A que ponto chegou o nível de nossos gestores municipais. A revista Veja (coluna de Lauro Jardim) relata que os prefeitos estão custeando viagem e hospedagem dos agentes de saúde a Brasília para pressionarem governo e Congresso pela aprovação do piso salarial nacional e, nos bastidores,  telefonam para os deputados pressionando-os para que engavetem a proposta.Por outro lado, o governo federal se recusa a arcar sozinho com as despesas, alegando que não tem como acumular mais despesas. Na última votação, que foi do apenas do pedido de urgência para o projeto e, diante de uma manobra dos parlamentares, que ausentaram-se da votação, ocasionando a falta de quórum, provocando o adiamento. Hoje, os municípios recebem cerca de R$ 950 para 260 mil agentes comunitários de saúde e 63 mil agentes de combate a endemias – custo que soma R$ 4,4 bilhões. É notório que esse recurso não investido totalmente no pagamento dos trabalhadores. Com o projeto, o piso dos agentes será elevado a R$ 1.260.
Contrapondo-se a essa visão de gastos, a MNAS - Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde (ACS/ACE) defende que não se trata de gastos, mas, de investimento. Não precisamos listar os avanços que tivemos na saúde pública brasileira, como consequência do trabalho desenvolvido pelos agentes de saúde. O brasileiro está vivendo mais, os terríveis índices de mortalidade materno-infantil tiveram recuos expressivos, projetando o Brasil para uma situação de grande conforto, conforme dados divulgados pelo UNICEF. Atenção Primária brasileira tornou-se modelo, não apenas para os países da América Latina e Caribe, ultrapassando as barreiras continentais.
Com o trabalho dos citados profissionais, o país está tendo uma economia de recursos sem precedente, tornando o valor de R$ 1.260, algo simbólico, frente aos resultados citados acima.

 Blog da MNAS e Jornal dos ACS/ACE: www.agentesdesaude.com.br


Nenhum comentário: